segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Conclusão de "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2011


  
O último fim de semana marcou o fim de um ciclo. Nele, nossos dezesseis artistas-aprendizes (carinhosamente chamados de Alevinos) subiram ao palco para encantar o público com dois excelentes espetáculos circenses: "Se o Anacleto soubesse..." - texto tradicional muito montado nos circos da década de 40 - e "Lá em cima do piano..." - o texto de André Domicciano mais montado em todo o território nacional.


Em Agosto, os Alevinos tiveram sua primeira experiência junto ao público levando pequenas cenas extraídas dos textos "A Mulher do Trem", "Burundanga", "O Inglês Maquinista" e "Quem casa quer casa" para a PIRACEMA - Encontro de Teatro Amador. Agora, mais amadurecidos, era necessária uma montagem mais complexa como conclusão de curso. Por isso, escolhemos dois textos de 3 atos, porém relativamente curtos (com aproximadamente uma hora cada) para trabalharmos.


A noite começou com a abertura das portas do auditório do Centro Cultural do Jabaquara e a intervenção "Os Judeus" que, tirando o público para dançar, já introduziu o clima festivo do Circo-Teatro. Nada de "clima de teatro" (cortina fechada, música - playback - de fundo e espera nas cadeiras), aqui tudo é feito às claras! O público entra, a cortina já está aberta, a luz está acesa e os músicos estão tocando. Quando a última pessoa se senta, a peça começa.


E que peça! Na verdade, que peças!

"Se o Anacleto soubesse..." encanta do início ao fim. Na história, o acuado (porém libertino) Anacleto tem suas vontades podadas pela esposa ditadora, Filoca. Junto com seu amigo, o pilantra Tobias, arma um plano para sair à noite, para a gandaia. O problema é que a esposa de Tobias, Joana, e a amante de Anacleto, Fifi, aparecem, colocando em risco o plano dos farristas.


Trata-se de uma típica comédia rasgada, abusando dos quiproquós e dos disfarces, levando o público ao riso com extrema facilidade. Não bastasse isso, tudo na montagem dos Alevinos agradou: a interpretação baseada na tipologia, o cenário tradicional (com telão pintado) e os belos figurinos.


 Após o espetáculo, o público pôde conferir uma intervenção de Danilo Gomes no saguão do Centro Cultural enquanto o palco era preparado para o próximo espetáculo. Às 20h, a porta volta a se abrir e o público é recebido pelas criadas Benedita e Margarida que, com grande poder improvisacional, divertiram a entrada para "Lá em cima do piano...".


"Lá em cima do piano..." é uma história repleta de mistérios encarados de forma caricatural. A peça conta a história de Dr. Paulão, um velho geriatra que, à beira da falência, se vê obrigado a vender seu asilo para uma freira mesquinha. No entanto, a chegada do advogado Vaz de Lima pode salvá-lo da situação. É nesse momento que começa o mistério: uma das internas, Dona Concheta, foi cruelmente assassinada e a única pista é um copo de veneno deixado em cima do piano.


Repleta de poses plásticas e situações inusitadas, a montagem chegou a arrancar aplausos em cena aberta, levando o público às gargalhadas. O talento individual dos atores também foi extremamente trabalhado no espetáculo, valorizando habilidades com a música, a dança e o canto.


Terminado o espetáculo, os atores foram convidados a participar de um breve bate-papo com a plateia para responder a algumas dúvidas sobre o processo de aprendizagem e, é claro, ouvir os muitos elogios. Questões relacionadas aos textos, à música, à criação de personagens e ao corpo foram as mais recorrentes, indicando que todo o trabalho realizado durante o ano não passa despercebido pelo público. Muito pelo contrário! Salta aos olhos!


Em geral, foi uma noite mágica! O dia 10 de Dezembro de 2011 entra para a história dos Peixes da melhor forma possível: com muito olho aceso, peito aberto e, o mais importante, diversão! Tudo encarado com grande profissionalismo, estudo e respeito.


Parabéns a todos os nossos Alevinos! Afinal, filho de peixe, peixinho é!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fim de ano é com os Peixes!

O final de 2011 se aproxima e, com ele, o encerramento das atividades dos Peixes.

Após um ano extremamente movimentado (oficina, PIRACEMA, temporada no Teatro Ruth Escobar e cinco Festivais de Teatro), é hora de arrumar as coisas para um tradicional fim de ano com os Peixes.

O grande atrativo desse período fica por conta das apresentações de conclusão de curso da Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2011. Nessa edição, escolhemos dois espetáculos circenses (um tradicional e um contemporâneo) para montar com nossos alunos. Abaixo, maiores informações sobre cada um deles:


SE O ANACLETO SOUBESSE...


Um dos textos de Circo-Teatro mais tradicionais, "Se o Anacleto soubesse..." caracteriza-se por ser um espetáculo montado até hoje por cias. teatrais (independentemente de serem circenses ou não) e por ter uma autoria duvidosa (existem pelo menos três autores que disputam o cargo). De todo modo, é o típico espetáculo que garante casa cheia no circo, fazendo o público rir do começo ao fim.

A peça conta a história de Anacleto, o típico marido libertino que tem suas vontades podadas pela esposa ditadora. Um dia, ele e seu amigo Tobias resolvem bolar um plano para enganar Filoca - a esposa - e sair para a farra. No entanto, a amante de Anacleto e a esposa de Tobias aparecem na casa, podendo colocar tudo a perder. Uma intriga repleta de quiproquós e disfarces, características das comédias circenses.


Se o Anacleto soubesse...
Texto tradicional circense
Direção: Luanda Mangeni e Plínio Garcia

Data e horário: Dia 10 de Dezembro, às 18:30h.
Local: Centro Cultural do Jabaquara (R. Arsênio Tavolieri, 45 - Jabaquara, São Paulo/SP)

Classificação livre
Entrada gratuita



LÁ EM CIMA DO PIANO...


Um dos textos de André Domicciano mais montados em todo o território nacional (com destaque para as montagens realizadas em Salvador/BA, Mossoró/RN e Concórdia/SC), caracteriza-se por nunca ter sido encenado pela Cia. Teatral Um Peixe. 

O espetáculo conta a história do Dr. Paulão, dono de uma casa de repousos à beira da falência. Em um momento de desespero, o velho geriatra se vê obrigado a vender o imóvel para a Irmã Bernadete, uma freira ambiciosa, mesquinha e egoísta. Mas a visita do ilustre advogado Vaz de Lima, sobrinho de uma das internas; do bandido Sirigüela, o homem de duas mãos esquerdas; e o assassinato de Dona Concheta podem mudar todo o rumo da história. Quem poderá salvar os velhinhos da casa de repouso? Quem terá matado Dona Concheta? A única pista que existe é essa: lá, em cima do piano, tem um copo de veneno... 


Lá em cima do piano...
De André Domicciano
Direção: André Domicciano e Carmem Garcia

Data e horário: Dia 10 de Dezembro, às 20h.
Local: Centro Cultural do Jabaquara (R. Arsênio Tavolieri, 45 - Jabaquara, São Paulo/SP)

Classificação livre
Entrada gratuita


Para finalizar oficialmente as atividades, os Peixes irão realizar a cerimônia de encerramento da Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2011 no dia 17/12, a partir das 18h, no Centro Cultural do Jabaquara. Será o dia em que daremos o retorno crítico das apresentações de conclusão aos nossos artistas-aprendizes, além, é claro, de entregarmos os certificados e comemorarmos com alguns comes e bebes. O convite, como não poderia deixar de ser, se estende a todos os nossos amigos e familiares. É uma festa para todos que fazem parte de nossa história!

Então, anotem na agenda: dia 10/12, apresentação de conclusão de curso da Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2011 a partir das 18:30h e dia 17/12, festa de encerramento, a partir das 18h. Ambas no Centro Cultural do Jabaquara!

Nos vemos lá! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os Peixes em números

Peixes no SESI Vila Leopoldina

Desde o ano de 2010, o projeto “Redescobrindo o Circo-Teatro” vem recebendo apoio de Leis de Incentivo municipais, contribuindo, dessa forma, para com o avanço na pesquisa da teatralidade circense, o desenvolvimento de novas técnicas e estéticas da linguagem, e a formação de novos artistas interessados em difundir tal conhecimento. Com isso, a oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro” acabou se diferenciando de outras oficinas do gênero por:

1. Ser a única oficina de Circo-Teatro de longa duração no Estado de São Paulo;

2. Desenvolver nos artistas-aprendizes conhecimentos acerca da História do Circo Universal e do Circo Brasileiro, História Política e Econômica do Brasil Colonial, História do Teatro Brasileiro no século XIX e Estéticas do Circo-Teatro no início do século XX;

3. Ministrar aulas técnicas de Cenografia para Circo-Teatro; Maquiagem, Figurinos e Adereços circenses; Iluminação; e Música para Teatro;

4. Ter um programa pedagógico que valoriza o artista iniciante, desenvolvendo técnicas de interpretação circense, expressão corporal plástica, expressão vocal para ambientes abertos e introdução a movimentos básicos de acrobacia de solo;

5. Possuir atividades inteiramente gratuitas, permitindo, dessa forma, a comunicação do conhecimento às camadas com menor acesso à educação e à cultura;

6. Viabilizar a continuidade do trabalho dos artistas-aprendizes, inserindo-os em companhias de Circo-Teatro ou incentivando a criação de novos grupos, a realização de apresentações e a participação em festivais e encontros de nível estadual;

7. Apoiar os artistas-aprendizes já formados através de programas de consultoria e treinamento continuado, adotando um sistema de parceria entre grupos-aprendizes e grupo-mestre.


Sendo assim, a Cia. Teatral Um Peixe pretende contribuir, cada vez mais, para com a pesquisa e desenvolvimento de técnicas e estéticas da teatralidade circense, gênero esse tão desprovido de referenciais teóricos e práticos no atual cenário circense.
 
Desde o ano de 2010, a Cia. Teatral Um Peixe tem realizado seu maior projeto, “Redescobrindo o Circo-Teatro”, tendo a oficina de teatralidade circense como principal ação. Em sua primeira edição, a oficina recebeu cerca de 30 inscritos, dos quais apenas 15 tornaram-se artistas-aprendizes. Como projeto de conclusão de curso, os aprendizes montaram o espetáculo “Eles são Seis Cômicos”, de criação coletiva. Hoje, o espetáculo tem circulado por todo o Estado de São Paulo, participando de Festivais de nível estadual, e angariando diversos prêmios e indicações.

A segunda edição da oficina, ainda em andamento, recebeu aproximadamente 120 inscritos para as 40 vagas disponíveis, atingindo, dessa forma, diversas regiões do município de São Paulo e arredores, conforme o gráfico:


Também foi percebido, na edição 2011, um aumento do interesse entre as pessoas com mais de 30 anos (no ano de 2010, foram apenas 2 ocorrências). No entanto, a faixa etária mais atendida pelo projeto “Redescobrindo o Circo-Teatro” continua sendo entre 20 e 22 anos de idade.


O próximo gráfico mostra a procura de acordo com o gênero dos candidatos a artistas-aprendizes. Como se pode ver, aproximadamente 67% das pessoas que procuram as oficinas são mulheres:


Por fim, o último gráfico demonstra o grau de instrução dos candidatos. Por “Inexperientes” considerou-se pessoas com pouca ou nenhuma experiência em circo ou teatro. “Experientes” são, então, pessoas que já participaram de alguma atividade teatral ou circense, em escolas, grupos ou espaços culturais:


A partir da análise dos gráficos, concluímos que as oficinas “Redescobrindo o Circo-Teatro” atingem grande parte do município de São Paulo, atendendo representantes de todas as regiões da cidade, com destaque para os habitantes da Zona Sul, Leste e Centro Sul. Também é visível a alta procura por parte de pessoas de fora do município. No quesito idade, nota-se o aumento na procura por parte de pessoas com mais de 30 anos. Gera interesse saber que o público atendido é formado, em sua maioria, por mulheres e por pessoas com certa experiência no campo artístico (apesar da pouca diferença quantitativa entre as duas categorias: 47 inexperientes x 55 experientes). Por fim, é importante ressaltar que esta análise foi feita a partir das fichas de inscrição dos artistas-aprendizes, tendo em vista que nem todas encontravam-se completas e, portanto, não foram computadas no levantamento.

Com isso, a Cia. Teatral Um Peixe assume um compromisso com a sociedade, buscando atingir cada vez mais pessoas nas várias regiões do município, independente de idade, gênero, condição financeira e experiência teatral, tendo sempre como foco as ações em regiões desprovidas de equipamentos públicos ou onde seja necessária a formação de público. Para tanto, investiremos sempre na qualificação de nossos profissionais, procurando levar ações de qualidade artística à comunidade.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cadastro de Grupos Amadores

Como muitos sabem, uma das iniciativas da Cia. Teatral Um Peixe é criar um novo Núcleo de Teatro Amador na Cidade de São Paulo. O primeiro passo para isso foi dado com a criação da PIRACEMA - Encontro de Teatro Amador de São Paulo que, desde 2010, garante um espaço físico e ideológico para que os amadores se encontrem e troquem experiências.

Tendo em vista a quantidade de grupos amadores espalhados pelo município e arredores, decidimos criar um Banco de Dados para, dessa forma, facilitar o contato entre os muitos coletivos. Para fazer parte desse Banco, basta fazer o download da Ficha Cadastral AQUI e enviar para o email indicado.

O preenchimento da Ficha automaticamente autoriza o envio de informações a respeito das ações realizadas pelos grupos já cadastrados. Também facilita um eventual contato e convite para participar das próximas edições da PIRACEMA - Encontro de Teatro Amador de São Paulo. Por fim, tal iniciativa permitirá que um levantamento de dados seja realizado, buscando determinar quantos coletivos amadores temos no município, dividindo-os por região, linha de pesquisa e tempo de atuação.

Então, se você faz parte de algum grupo amador, contribua com a construção do Núcleo de Teatro Amador de São Paulo. Só assim conseguiremos garantir que o nosso espaço continue sendo NOSSO!

Por uma classe unida, ativa e forte!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Peixes estão entre os melhores infantis de São Paulo



Ontem, dia 11 de Outubro de 2011, ocorreu a cerimônia de premiação da 3ª edição do Festival de Teatro Cidade de São Paulo no Teatro União Cultural.

Foram mais de 400 inscritos, dentre os quais apenas vinte espetáculos (12 adultos e 8 infantis) foram escolhidos. Durante um mês, os selecionados ocuparam o palco do Teatro União Cultural fazendo uma das maiores festas do teatro municipal.

A Cia. Teatral Um Peixe, pelo segundo ano consecutivo, participa do festival. Dessa vez, o espetáculo escolhido foi "Eles são Seis Cômicos", a primeira montagem infantil da companhia que, desde dezembro de 2010, encanta o público com brincadeiras características da encenação circense.


Neste ano, o espetáculo não só agradou ao público (que interagiu em todos os momentos dos quase 80 minutos de espetáculo) mas também ao corpo de jurados, angariando, dessa forma, o prêmio de Melhor Produção e indicações aos prêmios de Cenografia, Figurino, Ator, Direção e Espetáculo.

Com isso, "Eles são Seis Cômicos" compõe o panteão de melhores espetáculos infantis de São Paulo, ao lado do vencedor "Pererê, em busca do Saci", da Cia. Dom Caixote, e "Malas, palhaços e cambalachos", da Cia. Espontânea de Teatro.

Abaixo, o resultado da premiação:

PRÊMIO MELHOR CENOGRAFIA INFANTIL:

"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)

PRÊMIO MELHOR CENOGRAFIA ADULTO:

"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso)
"A Festa de Aniversário" (Cia. Dom Caixote)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro) 

PRÊMIO MELHOR FIGURINO INFANTIL:

"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)
"Dona Encrenca e os 5 Desafios" (Cia. Faz de Conta)

PRÊMIO MELHOR FIGURINO ADULTO:

"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso)
"A Festa de Aniversário" (Cia. Dom Caixote)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)

PRÊMIO MELHOR ILUMINAÇÃO INFANTIL:

"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"O diferente faz a diferença" (Cia. Amante de Teatro)
"Maria Borralheira" (Núcleo Experimental do CIL)

PRÊMIO MELHOR ILUMINAÇÃO ADULTO:

"Decote" (Cia. Desbravadores 28)
"A Festa de Aniversário" (Cia. Dom Caixote)
"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso)

PRÊMIO MELHOR ATOR COADJUVANTE INFANTIL:

"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"O diferente faz a diferença" (Cia. Amante de Teatro)
"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)

PRÊMIO MELHOR ATOR COADJUVANTE ADULTO:

"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Decote" (Cia. Desbravadores 28)

PRÊMIO MELHOR ATRIZ COADJUVANTE INFANTIL:

"Maria Borralheira" (Núcleo Experimental do CIL)
"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Maria Borralheira" (Núcleo Experimental do CIL)

PRÊMIO MELHOR ATRIZ COADJUVANTE ADULTO:

"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Cidade dorme" (Cia. Temt)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)

PRÊMIO MELHOR PRODUÇÃO INFANTIL:

"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)

PRÊMIO MELHOR PRODUÇÃO ADULTO:

"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso)
"Uma certa Carmen" (Grupo Oba! de Teatro) 

PRÊMIO MELHOR ATOR INFANTIL:

"Histórias dus Avessos" (Cia. Experimental de Teatro Arte sem Nome)
"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe) 

PRÊMIO MELHOR ATOR ADULTO:

"O Minuto depois" (Cia. Azenha de Teatro)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)

PRÊMIO MELHOR ATRIZ INFANTIL:

"Dona Encrenca e os 5 Desafios" (Cia. Faz de Conta)
"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"Maria Borralheira" (Núcleo Experimental do CIL)

PRÊMIO MELHOR ATRIZ ADULTO:

"A Festa de Aniversário" (Cia. Dom Caixote)
"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso)
"O Minuto Depois" (Cia. Azenha de Teatro)

PRÊMIO MELHOR DIREÇÃO INFANTIL:

"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)
"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)
"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)

PRÊMIO MELHOR DIREÇÃO ADULTO:

"Decote" (Cia. Desbravadores 28)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro)
"Corações de Poe" (Núcleo Teatral Pimenta e Sal Grosso)

PRÊMIO MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL:

"Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)
"Pererê, em busca do Saci" (Cia. Dom Caixote)
"Malas, palhaços e cambalachos" (Cia. Espontânea de Teatro)

PRÊMIO MELHOR ESPETÁCULO ADULTO:

"O Minuto Depois" (Cia. Azenha de Teatro)
"A Festa de Aniversário" (Cia. Dom Caixote)
"Os Boêmios de Adoniran" (Cia. Interiorando de Teatro) 
 

Dessa forma, encerra-se mais uma edição do Festival de Teatro Cidade de São Paulo. Aos grupos participantes, deixamos nossos parabéns pela excelência no trabalho. Também agradecemos à equipe do Teatro União Cultural e à organização do Festival por mais esta oportunidade. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[DIVULGAÇÃO] Festival de Teatro Cidade de São Paulo - 3ª Edição


Mais um ano de Festival de Teatro Cidade de São Paulo e mais um ano em que a Cia. Teatral Um Peixe participa do evento. Na edição anterior, os Peixes levaram o espetáculo "A Mansão Veit" para o Festival, tendo recebido indicações aos prêmios de melhor texto, melhor atriz coadjuvante, melhor ator e melhor atriz.

Neste ano, o espetáculo escolhido foi "Eles são Seis Cômicos", peça que recebeu o prêmio de melhor sonoplastia, duas indicações para o prêmio de melhor ator e indicações aos prêmios de melhor maquiagem, cenografia e figurino no VIII Festival de Peças Curtas de Sumaré.

Inscrito na categoria "Infantil" do Festival, o espetáculo conta a história de Seis Cômicos que, através de técnicas características da encenação circense, resolvem de forma inusitada as mais diversas situações. Nessa nova versão, o espetáculo apresentará diversas modificações. Portanto, se você acha que já viu tudo que os Seis Cômicos poderiam dar, melhor rever seus conceitos!

Mais do que nunca, os Peixes investirão no aspecto plástico-visual do espetáculo, buscando a simplicidade e a força do imaginário infantil. Muitas cores, formas e movimentos darão novo ar à brincadeira que, desde o final de 2010, tem encantado o público.


ELES SÃO SEIS CÔMICOS
Cia. Teatral Um Peixe

Comédia circense
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

Dia 8 de Outubro de 2011 (sábado), às 11h.
Teatro União Cultural (R. Mário Amaral, 209 - Paraíso/SP. Próximo ao metrô Brigadeiro)
Ingresso: R$30 (inteira) / R$15 (meia ou antecipado)
Telefone: (11) 2148-2904

Acessibilidade para portadores de deficiência física. Ar condicionado.
Estacionamento conveniado na Rua Teixeira da Silva, 540 (R$ 15,00).

Venda de ingressos:
Bilheteria: Quarta a domingo, das 13h às 21h. Aceita cheque e cartão de débito e crédito.
Vendas pelo telefone (11) 4003-2330 ou pelo site http://www.ingresso.com

Após o espetáculo, o grupo oferecerá um breve bate-papo com a plateia.



Abaixo, a relação de todos os espetáculos que participarão do Festival:

ADULTO – 21h

Dia 13 de setembro
A FESTA DE ANIVERSÁRIO
De Harold Pinter
Direção: Luiz Felipe Petuxo
Cia Dom Caixote

14 de setembro
DISCURSOS TRANCADOS NUMA ILHA VAZIA
de Renatho Costa
Direção: Lennon Thomaz
Baco Cia Teatral

15 de setembro
DECOTE
de Daniel Herz
Direção: Lívia Simardi
Companhia Desbravadores 28

20 de setembro
O MINUTO DEPOIS
Criação coletiva
Direção: Adriana Azenha
Cia Azenha de Teatro

21 de setembro
UMA CERTA CARMEN
De Ronaldo Ciambroni
Direção: Wanderley Martins
Grupo Oba! de Teatro

22 de setembro
OS BOÊMIOS DE ADONIRAN
De Juliana Lucilha
Direção: Milton Machado
Cia Interiorando

27 de setembro
MACABÉA
Inspirado na obra “A hora da Estrela” de Clarice Lispector
Direção: Lara de Bittencourt
Grupo Teatro Real

28 de setembro
O CORTIÇO
De Aluisio de Azevedo
Adap. e direção: Patrícia Mayer
Misancene cia teatral

29 de setembro
TIO VÂNIA
De Anton Tchekhov
Tradução: Millôr Fernandes
Direção: Erick Gallani
Cia Artística Théatron

4 de outubro
CORAÇÕES DE POE
De Edgar Allan Poe
Direção: Ed Fuster
Núcleo Teatral Pimenta no Sal Grosso

5 de outubro
CIDADE DORME
Texto e direção: George Vilches
Cia Temt

6 de outubro
A RUA DA AMARGURA
de Eduardo Garrido
Direção: Mônica Granndo
Cia Amante de Teatro


INFANTIL – 11h

17 de setembro
MALAS, PALHAÇOS E CAMBALACHOS
De Camilo Brunelli
Direção: Wagner de Miranda
Cia Espontânea de Teatro

18 de setembro
O DIFERENTE FAZ A DIFERENÇA
De Peterson Cupolillo
Direção: Gaby Vieira
Cia Amante de Teatro

24 de setembro
DONA ENCRENCA E OS 5 DESAFIOS
Texto e direção: Betina Rugna
Cia Faz de conta

25 de setembro
HISTÓRIAS DUS AVESSOS
De: Eduardo Braga
Direção: Josemar Ferreira e Fábio Serra
Cia Experimental de Teatro Arte Sem Nome
 
01 de outubro
MACACO ZEBRADO
Texto e direção: Leci Rech
Grupo Espelho Vivo

02 de outubro
MARIA BORRALHEIRA
De Silvio Romero
Adaptação: Vladmir Capella
Direção: Érika Bodstein e Valéria Marchi
Núcleo Experimental do CIL

08 de outubro
ELES SÃO SEIS CÔMICOS
Da Cia Teatral Um peixe
Direção: André Domicciano

09 de outubro
PERERÊ. EM BUSCA DO SACI
Dramaturgia de Paulinho Rocco
Direção: Luiz F Petuxo
Cia Dom Caixote

Maiores informações: http://www.teatrofest.com/saopaulo/


terça-feira, 23 de agosto de 2011

PIRACEMA - Dia 2: Faltou espaço no Jabaquara!

Faltou espaço no Centro Cultural do Jabaquara no segundo dia de PIRACEMA - II Encontro de Teatro Amador!

Sem sombras de dúvida, foi o dia mais lotado da história da PIRACEMA. E se você não fez parte desse aglomerado de artistas que saía pelo ladrão do CCJ, confira conosco (com certo atraso, admito) o resumão semanal!

Oficina "Figurinos" - Rafael Rios (EAD/USP)


Todo dia de PIRACEMA começa com a transmissão de conhecimentos do querido Rafa Rios. Já é uma tradição no Encontro que algum profissional conceituado (preferencialmente um mestre de algum curso superior em Artes Cênicas) dê sua contribuição, passando um pouco de sua experiência aos artistas mais jovens. Essa é uma proposta que você só encontra na PIRACEMA!


Nessa semana, a oficina tratava de Figurinos, levantando um pequeno debate sobre como a indumentária deve se portar em cena. Em um de seus comentários, Rafa Rios mencionou o hábito que alguns grupos possuem de "pegar roupas no armário do avô, do tio...". Uma prática muito comum, diga-se de passagem. Pode fazer isso? Pode! Mas essa roupa deve sofrer algum tipo de personalização. Não pode vir direto do cabide pro corpo do ator. Então, aos grupos que ainda possuem essa prática, fica a dica: customizem, modifiquem essas roupas. Sempre lembrem-se das quatro características que todo figurino deve ter OBRIGATORIAMENTE: cor, textura, forma e volume.


Após uma breve explanação sobre a indumentária, os participantes foram divididos em grupos, recebendo pequenos textos de Garcia Lorca. A proposta é que, com algumas peças de tecidos variados, os grupos compusessem um figurino (utilizando a técnica de moulage) que traduzisse o texto.

O resultado, você confere abaixo:






Mesa-redonda "Teatro Amador e seus Espaços" - Cia. Teatral Um Peixe (Pinheiros)

Após a oficina, os grupos se dirigiram ao saguão do Centro Cultural para participar da mesa-redonda ministrada pelos Peixes. O debate focava na questão do espaço do teatro amador. Espaço físico E ideológico.


Logo de cara, após uma breve introdução ao assunto, foi passado um episódio da série "Ensaio aberto", que tratava da oposição teatro de grupo x teatro mercadoria.

O vídeo pode ser conferido AQUI.

Voltamos ao debate. O objetivo era tentar responder à pergunta: "qual a responsabilidade do teatro amador?". Para isso, os grupos - em geral - devem começar a se ver enquanto agentes da história, não como espectadores.


Em geral, foi uma mesa-redonda um tanto quanto provocativa, onde tratamos de alguns conceitos básicos para o fazer teatral: trabalho colaborativo, contrapartida social, políticas públicas etc.


Quarteto de Saxofones "Saxofonando" (Taboão da Serra/SP)

Voltando ao auditório, os grupos foram agraciados com a fabulosa apresentação do quarteto de saxofones "Saxofonando", de Taboão da Serra. O trabalho do grupo traz a formação original, francesa, de um quarteto de saxofones: soprano, tenor, baixo e contra-alto; e busca mostrar composições, preferencialmente, nacionais ou próprias, sem, é claro, descartar os compositores internacionais ou as obras clássicas. Em suma, um trabalho extremamente eclético e de qualidade.


O público se deliciou com a execução de obras como "Carinhoso" e se divertiu a beça - além de ter se surpreendido - com "Pantera Cor-de-rosa" (acompanhada por estalos de dedos da plateia) e "Looney Tunes" (que levantou a plateia, recebendo aplausos em pé).


Intervenção "Jogos de Improviso Intergrupos"

Enquanto o palco era desmontado, os participantes ocuparam a Arena com alguns jogos de improviso. A intenção dessa intervenção era fazer com que os grupos saíssem um pouco de suas "panelinhas" e interagissem de forma prática. Para isso, nada melhor que propor algumas brincadeiras clássicas e exercícios teatrais.


No geral, foi um momento feito para rir. Uns minutos de pura bagunça (e bota bagunça nisso!)!


Intervenção "Redescobrindo o Circo-Teatro" - Alunos Cia. Teatral Um Peixe

Terminada a sessão de improvisações, foi a vez dos Peixes-aprendizes (também chamados de "Girinos" - apesar de girino não ser filhote de peixe. Vai entender...) ocuparem a Arena com sua intervenção. A apresentação consistia em um apanhado de quatro cenas de influência circense que foram trabalhadas no mês de Julho na oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro". Foram escolhidas duas cenas de um período anterior ao Circo-Teatro (mas que já carregavam todas as características que encontramos na encenação circense), uma circense e uma contemporânea.


Sendo a primeira apresentação junto ao público dos Peixes-aprendizes, a experiência serviu também como uma avaliação do processo de aprendizagem. Foram observadas as técnicas passadas nesse primeiro semestre de oficina (construção de personagens arquetípicos, marcas fixas, partitura corporal, entradas e saídas, policiamento, triangulação etc), o desempenho/evolução individual e o aproveitamento nas aulas técnicas (maquiagem, figurino, cenografia, música...).


Podemos dizer, enquanto artistas-orientadores, que ficamos muito felizes - e emocionados - com o desempenho nessa primeira experiência de nossos artistas-aprendizes. Nosso maior objetivo era ver se eles tinham entendido como o Circo-Teatro funciona. E não é que eles entenderam?


Como sempre dizemos, o circo é apaixonante. No final da apresentação, os alunos foram rodeados por pessoas querendo tirar fotos com as personagens. Até autógrafo deram. É um excelente começo!


Espetáculo "Casamento Futebol Clube" - Grupo de Teatro Kainotomia (Jabaquara)

Se até então nós achávamos que o Centro Cultural estava lotado, quando chegou a vez do grupo Kainotomia se apresentar a coisa se confirmou. Não parava de entrar gente no auditório e tivemos que arranjar mais algumas cadeiras na plateia. O lugar estava lotado!


E não foi pra menos. Todo mundo queria ver a última apresentação de "Casamento Futebol Clube". E, garanto, ninguém se decepcionou. O espetáculo arrancou risadas do começo ao fim. Trazendo o clássico embate de sexos, a montagem do Kainotomia surpreende pelo capricho. Surpreende por se tratar de um grupo novo (apesar de seus componentes já terem uma certa bagagem) e pela montagem ter sido realizada em poucos meses. Mesmo assim, percebe-se o grau de qualidade que o Kainotomia queria atingir: nada foi feito às pressas, nada foi deixado de lado. É um trabalho que demonstra o nível de preocupação dos atores. E isso é bom!


Como foi comentado no bate-papo (que sempre é realizado após a apresentação de algum espetáculo no Encontro), é possível ver a qualidade técnica dos atores (de forma individual), com trabalhos de construção de personagem bem nítidos. Por fim, não tem como deixar de falar do trabalho do autor (que também assina a direção): como é bom ver um espetáculo onde predomina a visão do autor! O texto é uno e conta muito bem essa história que, muitas vezes, poderia cair no banal pela recorrência do tema. Felizmente, em "Casamento Futebol Clube", isso não acontece. E as risadas incessantes do público (um público exigente, diga-se de passagem) são prova disso. Parabéns!


Intervenção "Mirian Muniz" - Rafael Rios (EAD/USP)

"Eu sou Mirian com dois Ns!"


Com certeza essa frase não saiu da cabeça dos participantes da PIRACEMA durante bons dias. Rafa Rios levou, como sempre, seu talento (e experiência) ímpar para a Arena do Encontro, fechando mais um dia de PIRACEMA. Dessa vez, a cena trazia a figura "bagaceira" de Mirian Muniz (de quem Rafa foi aluno).


Vestido curto, sapatos excêntricos, peruca desgrenhada e maquiagem carregada. Desde sua entrada em cena, não houve um minuto em que Mirian Muniz não arrancou gargalhadas da plateia. Trazendo a história que vai da fama à decadência, Rafa Rios com certeza nos conquistou, merecendo os aplausos intermináveis que se seguiram à apresentação.


A voz rouca, as caretas e o vestido que insistia em subir toda vez que Mirian sentava, mostrando as pernas cabeludas e a cueca do ator. Uma verdadeira aula de comédia. Sem ser apelativo, sem ser vulgar ou banal. Simples. Extremamente simples. E, ao mesmo tempo, técnico. Técnica que só nos é conferida com o tempo, com a experiência.


Mais do que uma apresentação. O que Rafael Rios faz todo fim de dia na PIRACEMA é nos dar uma aula de interpretação que não teremos em faculdade nenhuma!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PIRACEMA - DIA 1




Bom dia a todos!


Antes de mais nada, gostaria de parabenizar imensamente todos os grupos participantes da PIRACEMA - II Encontro de Teatro Amador! O primeiro dia de nosso Encontro superou - e muito! - as nossas expectativas! Esperamos que tenha sido um dia agradável, repleto de boas experiências e, o mais importante, um primeiro passo em direção a criação de vínculos entre os grupos participantes. É sempre bom lembrar: a PIRACEMA tem como objetivo a troca de experiências. Por conta disso, valorizamos muito a interação entre os participantes.

Também gostaríamos de utilizar este espaço para, uma vez mais, agradecer à Secretaria de Cultura de São Paulo que, através do Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), financia este projeto; a toda equipe do Centro Cultural do Jabaquara, principalmente ao Almir, por permitir que fizéssemos essa tremenda bagunça; e, por fim, não tem como deixar de agradecer ao Rafa Rios por toda ajuda que tem nos dado. Sua experiência no campo das artes cênicas é muito valiosa para todos nós que, de certa forma, ainda estamos engatinhando nessa esfera de atuação.


Chega de falatório! Vamos ao Resumão do primeiro dia de PIRACEMA!


Oficina "Cenografia" - Rafael Rios (EAD/USP)


O dia já começou em grande estilo: a primeira atividade do Encontro foi ministrada por Rafael Rios, professor da ECA (Escola de Comunicação e Artes) e da EAD (Escola de Arte Dramática), cenógrafo e aderecista especialista em ressignificação de materiais.


Nessa primeira oficina, os participantes foram divididos em grupos, recebendo poemas de Carlos Drummond de Andrade em seguida. O objetivo era traduzir a interpretação do poema por meio da cenografia, em forma de maquetes.


Passado o período de composição, os grupos iam à frente para expor seus trabalhos, lendo seus poemas e indicando que linha de pensamento foi seguida para a elaboração da cenografia.

Já nessa primeira atividade, pudemos perceber um alto grau de interação entre companhias, que evitaram as "panelinhas" e se mesclaram para formar os grupos de trabalho.


Espetáculo "Vestir o pai" - Grupo Os Seres (Jabaquara)


A segunda atração do dia foi o espetáculo "Vestir o pai", com o Grupo Os Seres (infelizmente, a intervenção "Thriller", do Grupo Vital, acabou sendo adiada devido a atrasos no trânsito que o grupo responsável sofreu). A peça retrata a vida de uma família cujo patriarca está à beira da morte. O que deveria ser encarado como uma tragédia acaba se traduzindo em comédia tendo em vista os interesses pessoais que cada familiar possui na morte do pai.

Uma das características principais da montagem dos Seres é o fato de todos os personagens femininos serem interpretados por homens. Composição essa que foi elogiada na PIRACEMA, devido ao alto grau de qualidade na construção de personagem (fugindo à tendência "travecão" que assombra praticamente todas as montagens que optam pelo recurso "homem vestido de mulher").


Mesa-redonda "Um palco amordaçado" - Grupo Teatral Novos Fulanos (Jabaquara)

O primeiro debate do Encontro trouxe como temática o período da repressão. Atual objeto de pesquisa dos Novos Fulanos, a ditadura ficou marcada no espírito (e, em alguns casos, no corpo) de cada artista que viveu e trabalhou neste período. Mesmo nós, que fazemos teatro 30 anos após o fim do regime militar, ainda sentimos reflexos da repressão. Trata-se de um tema que, por mais que se passem os anos, ainda será atual.

Essa mesa-redonda permitiu que os grupos pudessem confrontar opiniões, propiciando o diálogo. Também permitiu que os participantes se emocionassem ao ouvir os relatos de Rafael Rios sobre o período.


Intervenção "Eles são Seis Cômicos" - Cia. Teatral Um Peixe (Pinheiros)


A "inauguração" da arena montada no saguão do Centro Cultural do Jabaquara se deu com a apresentação do espetáculo "Eles são Seis Cômicos". Trazendo a mesma montagem que foi realizada no VIII Festival de Peças Curtas de Sumaré, a Cia. Teatral Um Peixe mostrou um pouco de seu trabalho de pesquisa acerca das linguagens circenses. Com muito colorido, o espetáculo caracteriza-se por apresentar diversas brincadeiras de ordem circense: gagues, pantomimas e virtuoses.


Espetáculo "O sapato malhado e os recicláveis desprezados" - Grupo Vital (Campo Limpo)


Na primeira edição da PIRACEMA, o Grupo Vital trouxe um pequeno excerto de "O pagador de promessas", de Dias Gomes. É impossível não comentar a evolução que o grupo demonstrou nesta segunda edição do Encontro. "O sapato malhado" mostra claramente o quanto o grupo trabalhou no período de um ano. Um trabalho caprichoso, repleto de cuidado e, principalmente, cheio de energia! O Vital veio com tudo!


Como foi comentado no bate-papo (realizado sempre após as apresentações), a escolha em montar um infantil (ainda mais um infantil de autoria própria) reflete um desejo em ser ousado. Ousadia que reaparece quando percebemos as escolhas feitas pelo grupo: figurinos e cenários feitos com materias recicláveis; maquiagem forte, ressaltando a máscara; música executada ao vivo. É com muita alegria que podemos dizer que o Vital foi muito feliz em todas as escolhas que fez. O resultado é um espetáculo repleto de cores e formas. Um infatil que enche os olhos e nos conquista.


Intervenção "Professor de sexologia" - Rafael Rios (EAD/USP)


O dia se encerra das mesma forma que começou: de forma arrebatadora, trazendo todo o conhecimento de Rafa Rios. Em sua encenação de "Professor de Sexologia", Rafa Rios pôs o Centro Cultural do Jabaquara abaixo, arrancando gargalhadas de adultos e crianças, dos mais abertos aos mais pudicos.


É gritante a técnica de um ator com a experiência do Rafa. Em tempos em que a moda é a tal "comédia stand up", ver um ator vivenciado como ele fazendo uma cena cômica como o "Professor de Sexologia" mostra nitidamente o abismo que existe entre as duas formas. Rafa Rios tem o poder da condução de cena, sabe interpretar cada olhar e reação do público e usar isso em favor da comicidade. Não é pego desprevinido e nem apela para piadas prontas. Sabe ser autoral sem ser verborrágico. É um ator, acima de tudo, visual, físico. Fora isso, é de uma simpatia e simplicidade contagiantes. Com tudo isso em seu favor, não tem como não conquistar uma plateia. É a experiência de um ator que, há 40 anos, trabalha na USP, dando uma verdadeira aula de interpretação para artistas que recém saíram do ovo.


E este foi o PRIMEIRO DIA de PIRACEMA - II Encontro de Teatro Amador. No próximo sábado tem muito mais! Teremos oficina de figurinos e a intervenção "Mirian Muniz", com Rafa Rios; mesa-redonda "Teatro amador e seus espaços", com a Cia. Teatral Um Peixe; apresentação do quarteto de saxofones "Saxofonando"; intervenções "Jogos de improviso intergrupos" e "Redescobrindo o Circo-Teatro"; e o espetáculo "Casamento Futebol Clube", com o Grupo de Teatro Kainotomia.



É a PIRACEMA começando!