[PEIXES] Sumaré estava pra Peixe!

Saudações, amigos dos Peixes!

Nesse último feriadão, viajamos até a cidade de Sumaré (na região metropolitana de Campinas) para participar do VIII Festival de Peças Curtas com o espetáculo "Eles são Seis Cômicos". Vale lembrar: esse espetáculo foi concebido para encerrar a Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2010 e é formado por diversas gagues criadas pelos próprios alunos (que, hoje, integram o elenco oficial dos Peixes). Como discutimos ao final do ano, é um espetáculo que veio para suprir uma lacuna no repertório da Cia. Teatral Um Peixe. É um espetáculo curto, passível de modificações e adaptações de acordo com as necessidades com as quais nos deparamos. Sendo assim, não pensamos duas vezes em inscrevê-lo no Festival de Peças Curtas de Sumaré. O resultado: fomos o único grupo da cidade de São Paulo em um festival que contava com mais de 25 grupos de todo o Estado.



Saindo de São Paulo

Por cair justamente em um feriado prolongado, decidimos que ficaríamos na cidade de Sumaré durante TODO o Festival. Chegamos lá na quinta-feira de manhã e começamos a busca pelo alojamento. Apesar de ficarmos hospedados em uma escola infantil (com direito a cadeiras de crianças, banheiros diminutos e almoço em pratos de plástico, canecas e colheres), a experiência foi fantástica! Conhecemos muita gente no alojamento e fizemos muitos amigos! Acreditamos que tenha sido uma típica passagem dos Peixes: com muita alegria, energia, simpatia, humildade e respeito.

A mestre-de-cerimônia, Maristela Mota 

Mas vamos ao que interessa: as peças!

Infelizmente, não conseguimos acompanhar todos os espetáculos. Alguns aconteceram na quarta-feira à noite (dia de abertura do Festival) e um ou outro imprevisto nos impossibilitaram de ver uma ou duas peças nos dias que se seguiram. Mesmo assim, assistimos à maioria! Nos deparamos com grupos que ainda possuem aquele brilho no olho, aquela vontade de fazer teatro. Alguns, muito novos ainda, cheios de energia mas ainda carecendo da segurança que só a experiência e o estudo proporcionam. Outros, mais velhos, cheios de técnica, possuidores de trabalhos realmente sólidos. Foi um Festival que surpreendeu. A cada 30 minutos, uma nova proposta, uma nova estética. Rimos com as discussões de casais e nos emocionamos com a dor da perda (...Sara?).  



Abertura de "Eles são Seis Cômicos"

Então, chegou o terceiro dia. E, com ele, a apresentação de "Eles são Seis Cômicos". Até então, tínhamos percebido que, num todo, o Festival vinha muito "escuro". Figurinos sóbrios, maquiagens sérias, cenários minimalistas. Decidimos que seria função nossa colocar um pouco de cor no evento. E assim foi! Com nossas ribaltas a todo vapor, entramos com as dez na mão. E isso não passou despercebido. Ao final do espetáculo, os jurados deram um retorno extremamente positivo ao grupo. Comentaram as cores do cenário e do figurino, elogiaram nosso "humor puro" e relembraram a infância com nossos números circenses.



Cena "Os Náufragos"

Claro que também vieram as críticas e sugestões para melhorarmos o espetáculo, como investigar o trabalho da Academia de Palhaços, em Campinas, e repensar a categoria do espetáculo (Adulto, infantil etc.). Aliás, é importante frisarmos essa questão da categoria. A discussão surgiu porque, segundo uma dos jurados, se nosso espetáculo estivesse listado como "Infantil", nós teríamos levado o prêmio de melhor espetáculo na categoria. Então, ela nos deu a dica: da próxima vez, nos inscreveremos como adulto E infantil.

Mas não é só de espetáculos que vive um Festival. No caso do Festival de Peças Curtas, também são oferecidas diversas oficinas (voz, corpo, interpretação). Infelizmente, não encontramos tempo para participarmos das aulas. Mesmo assim, não deixamos de, de certa forma, contribuir com a experiência. Sem querer, acabamos ministrando as "Oficinas de Circo na Madrugada". Começou como uma brincadeira: pegamos os Peixonetes e começamos a saltar. Quando vimos, pessoas de outros grupos estavam pedindo para que ensinássemos cambalhotas, segunda-altura etc. Foi bem divertido! Durante dois dias, das 23h às 3h, ensinamos um pouco de acrobacias pra galera do alojamento. Demais!



Aula de rolamento

E então chegou o último dia! O dia de encerramento e, é claro, de premiação. Quem seriam os indicados aos prêmios de melhor maquiagem, figurino, cenário, sonoplastia, ator e atriz mirim, ator e atriz coadjuvantes, revelação, texto, ator, atriz, direção, espetáculo infantil e adulto? Chegamos ao teatro e, logo de cara, fomos agraciados com o melhor prêmio que um grupo poderia ganhar: uma homenagem. Nossos "alunos" nas oficinas da madrugada utilizaram alguns dos movimentos ensinados em sua peça de conclusão das oficinas oficiais do Festival. A homenagem foi precedida de um agradecimento público por parte da organização do Festival, que parabenizou nossa iniciativa. Para os Peixes, a noite já poderia terminar. Tínhamos ganhado o maior de todos os troféus!

  

Os Peixes indo para a Premiação

Os grupos reunidos

Mas a noite não acabou aí. Tínhamos muita coisa para comemorar ainda! Primeiro, vieram as indicações aos prêmios de Melhor Figurino, Maquiagem e Cenário. Depois, o tão esperado prêmio de Melhor Sonoplastia. Achávamos que a nossa festa já tinha acabado quando veio a surpresa: mais DUAS indicações. E ambas foram na categoria Melhor Ator. Uma indicação para Danilo Gomes e outra para Rafael Garcia. Dois Peixes concorrendo ao prêmio de melhor ator foi simplesmente uma grande conquista!

 

Ricardo "Chu" Schünemann recebendo o troféu de Melhor Sonoplastia

O tão-sonhado prêmio!

E assim terminou o VIII Festival de Peças Curtas de Sumaré. Fizemos muitos amigos, nos divertimos um bocado, mostramos um pouco do nosso trabalho e voltamos com várias conquistas dentro das malas. Fica aqui o nosso agradecimento a toda a comissão organizadora do Festival, ao corpo de jurados e a equipe técnica do teatro. E parabéns a todos os grupos participantes! Foi uma experiência única! Esperamos nos reencontrar em breve, tanto em Sumaré quanto em outros festivais pelo Brasil afora.

Um grande abraço a todos!

...




Sara?