terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dossiê "Redescobrindo o Circo-Teatro"

Enquanto as inscrições para a Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2012 não abrem, acompanhe conosco maiores informações sobre o único curso da categoria no Brasil!

O "dossiê" abaixo revelará maiores informações sobre os conteúdos abordados na oficina e os artistas envolvidos:


A COMPANHIA

A Cia. Teatral Um Peixe é um grupo especializado em teatralidade circense. Com aproximadamente seis anos de existência, já realizou três montagens (os espetáculos "A Mansão Veit", "Vamos à Guerra, Filhos da Terra!" e "Eles são Seis Cômicos"), participou de inúmeros festivais de nível estadual (angariando, dessa forma, nove prêmios e quinze indicações), idealizou e organizou as edições 2010 e 2011 da "PIRACEMA - Encontro de Teatro Amador de São Paulo", realizou duas edições da oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" e teve suas ações culturais subsidiadas por dois anos consecutivos pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) da Secretaria de Cultura de São Paulo.


A OFICINA
Artistas-aprendizes 2011 em apresentação de conclusão de curso
Por ser a única no país, a oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" oferece aos artistas-aprendizes uma formação básica completa. Para tanto, são oferecidas diversas disciplinas de caráter teórico e prático no decorrer do ano. São elas:

Anotando conteúdo
História: o foco da pesquisa em Circo-Teatro está nas questões históricas. Entender a partir de que manifestações culturais desenvolveu-se o que hoje chamamos Circo e de que forma o teatro invadiu o picadeiro torna-se fundamental para o ator circense. Para tanto, é preciso estudar a organização política, econômica e cultural de Europa em meados dos séculos XVIII e XIX e do Brasil Colonial. Também é necessário entender que influências teatrais o Circo recebeu em terras brasileiras e que características foram importantes para a consolidação da teatralidade circense.

Exercício de improvisação
Interpretação circense: atuar em palco e atuar em picadeiro ou pavilhão são coisas totalmente distintas. Essa etapa do curso busca desenvolver no artista-aprendiz técnicas essenciais para a interpretação circense, tais quais a criação de personagens arquetípicos, a elaboração de partituras corporais a partir de poses plásticas, o conhecimento de técnicas acrobáticas, a triangulação e o ritmo circense.


Maquiagem de envelhecimento
Figurino e maquiagem: tanto figurino quanto maquiagem, no Circo-Teatro, reforçam o arquétipo de um personagem. Os artistas-aprendizes, então, terão noções de história da caracterização do ator, desde o teatro ritual até o contemporâneo, para entender as influências que o Circo absorveu. Também serão ensinadas técnicas práticas de maquiagem, como a maquiagem branca, preta, envelhecimento etc., e de indumentária.

Maquete baseada em texto
Cenografia: a cenografia circense, assim como a interpretação, difere em muito da teatral. De influência pictográfica, o Circo-Teatro sempre utilizou-se de painéis para a representação de seus espetáculos teatrais. A oficina mostrará aos aprendizes a diferença entre os diversos tipos de cenografia e como elaborar um projeto cenográfico (através de análise de textos, esboços, maquetes e execuções práticas).

Iluminação: a história do Circo está repleta de incidentes envolvendo recursos de iluminação. Com a chegada da eletricidade, muita coisa mudou e as apresentações circenses passaram a agregar os recursos técnicos mais modernos: lasers, fumaça, canhões seguidores. Essa disciplina mostrará aos aprendizes como lidar com alguns equipamentos de iluminação e como projetar um mapa de luz, além de técnicas práticas (desde subir escadas até afinar refletores).

Música: música e Circo sempre tiveram uma relação muito íntima. Alguns pesquisadores dizem que não existe Circo sem música. Boa parte dos Circos brasileiros no início do século XX utilizavam-se de música ao vivo, executada por sua própria banda (influenciada pelas bandas marciais). Tal recurso é utilizado até hoje por alguns circos. Na oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”, os aprendizes aprenderão como funciona a relação da música com o artista circense, praticando a musicalidade (independente de dominarem ou não algum instrumento musical) cênica.


OS ARTISTAS-ORIENTADORES

André Domicciano: Aula de História e Interpretação

Graduado em Letras pela Universidade de São Paulo (onde especializou-se em Jogos de Representação e Linguagens de Imaginário) e formado em Interpretação para Teatro pela Escola de TV e Artes Performáticas Chateaubriand, onde teve seu primeiro contato com Circo-Teatro através do diretor Fernando Neves, da Cia. Os Fofos Encenam. Estudante de teatro desde 1995, participou de mais de 20 montagens (dentre as quais podemos citar “Viúva, porém honesta”, de Nelson Rodrigues; “Arena conta Zumbi”, de Gianfrancesco Guarnieri; e “Cheiro de Café”, de sua própria autoria em conjunto com Kamunjin Tanguelê e Rita Brafer); como diretor, realizou cerca de 10 projetos (onde destacam-se “Pigmaleoa”, de Millôr Fernandes, indicado aos prêmios de melhor figurino e melhor sonoplastia; “A Mansão Veit”, de sua autoria, ganhador de 7 prêmios – dentre os quais, melhor direção e melhor espetáculo – e indicado em outras 5 categorias em Festivais de nível Estadual; e “Eles são Seis Cômicos”, criação coletiva da Cia. Teatral Um Peixe, ganhador de 2 prêmios e indicado em outras 10 categorias – incluindo melhor direção e espetáculo). Ministrou oficinas de teatro entre os anos de 2001 e 2005 na ETEC Guaracy Silveira, em Pinheiros, no município de São Paulo, e de Circo-Teatro em 2007, 2010 e 2011. Dramaturgo, possui textos sendo montados em todo o território nacional, com destaque para as montagens realizadas em Salvador (BA), Mossoró (RN), Vila Velha (ES), Caieiras (SP) e Concórdia (SC). Pesquisador de Circo-Teatro, foi aluno de Alexandre Mate, Mário Bolognesi e Ermínia Silva no Instituto de Artes da UNESP. Cursou oficinas de Melodramas de Picadeiro com Vic Militello, na SP Escola de Teatro. Estudou Maquiagem com Marcelo Denny, Dramaturgia com Sérgio de Carvalho, Crítica Teatral com Ferdinando Martins e Cenografia e Indumentária com Fausto Vianna, na Escola de Comunicação e Artes da USP, tendo seu projeto cenográfico pré-selecionado para representar o Brasil na Quadrienal de Praga, um dos maiores eventos de cenografia do mundo. Participante do projeto “Entre Risos e Lágrimas” do Centro de Memória do Circo, sob coordenação de Verônica Tamaoki e Walter de Sousa Junior.


Carmem Garcia: Coordenação pedagógica e produção

Graduada em Matemática pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e técnica em Administração pela ETEC Guaracy Silveira. Participou de oficinas de interpretação para teatro na ETEC Guaracy Silveira. Atuou em peças como “Vamos à Guerra, Filhos da Terra!”, “A Mansão Veit” e ”Eles são Seis Cômicos”. Ganhadora do prêmio de Melhor Produção de Espetáculo Infantil no III Festival de Teatro Cidade de São Paulo.


Plínio Garcia: Aula de Cenografia

Graduando em Engenharia de Controle e Automação na Faculdade Politécnica de Jundiaí, técnico em Informática no Colégio SAA e em Comércio de Bens e Serviços no SENAC São Paulo. Ministrou aulas de cenografia nas edições 2010 e 2011 da oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”. Como cenógrafo, projetou e realizou os cenários dos espetáculos “A Mansão Veit” (ganhador do prêmio de melhor cenografia no I Festival de Teatro de Cerquilho), “Vamos à Guerra, Filhos da Terra!” e “Eles são Seis Cômicos” (indicado ao prêmio de melhor cenografia no VIII Festival de Cenas Curtas de Sumaré e no III Festival de Teatro Cidade de São Paulo).


Luanda Mangeni: Aula de Maquiagem e Figurino

Graduanda em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes. Ministrou aulas de maquiagem e figurino nas edições 2010 e 2011 da oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”. Como figurinista e maquiadora, projetou e realizou os figurinos e maquiagens dos espetáculos “A Mansão Veit” (ganhador do prêmio de melhor figurino no I Festival de Teatro de Cerquilho), “Vamos à Guerra, Filhos da Terra!” e “Eles são Seis Cômicos” (indicado aos prêmios de melhor figurino e melhor maquiagem no VIII Festival de Cenas Curtas de Sumaré e ao prêmio de melhor figurino no III Festival de Teatro Cidade de São Paulo). Cursou oficinas de Melodramas de Picadeiro com Vic Militello, na SP Escola de Teatro e de Maquiagem com Marcelo Denny, na Escola de Comunicação e Artes da USP. Aluna de Cenografia e Figurino na SP Escola de Teatro.


Gabriel Alex: Aula de Música e preparação vocal

Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Interpretação para Teatro pela Escola de TV e Artes Performáticas Chateaubriand. Ministrou aulas de música nas edições 2010 e 2011 da oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”. Como diretor musical, projetou e realizou a trilha sonora dos espetáculos “A Mansão Veit”, “Vamos à Guerra, Filhos da Terra!” e “Eles são Seis Cômicos” (ganhador do prêmio de melhor sonoplastia no VIII Festival de Cenas Curtas de Sumaré). Participou da oficina “Teatro da Roda Dança”, com Luiz Carlos Laranjeiras, no SESC Pinheiros.


Mateus Alves: Aula de Iluminação

Graduado em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Nove de Julho e em Interpretação para Teatro pela Escola de TV e Artes Performáticas Chateaubriand. Estudou Interpretação para Teatro na escola Recriarte. Formado em auxiliar técnico de iluminação cênica pelo Núcleo FORTEC. Ministrou aulas de iluminação na edição 2011 da oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”. Como iluminador, projetou e executou a iluminação do espetáculo “Eles são Seis Cômicos”. Indicado ao prêmio de melhor ator coadjuvante com o espetáculo "A Mansão Veit".


Danilo Gomes: Aula de corpo e técnicas acrobáticas

Palhaço formado pelo Programa de Formação de Palhaços para Jovens dos Doutores da Alegria. Aluno do Núcleo Teatral do SESI Vila Leopoldina, em São Paulo. Estudou acrobacias e técnicas circenses no Clube Escola Jardim São Paulo. Preparador corporal da Cia. Teatral Um Peixe, ministrou aulas de expressão corporal e técnicas acrobáticas na edição 2011 da oficina “Redescobrindo o Circo-Teatro”. Indicado ao prêmio de melhor ator no VIII Festival de Peças Curtas de Sumaré com o espetáculo “Eles são Seis Cômicos”.


Agora, é esperar pelo edital de chamamento para novos artistas-aprendizes. No final do mês traremos maiores informações. Fiquem de olho!

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