domingo, 28 de abril de 2013

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 6

CRIAÇÃO COLETIVA: ELES SÃO SEIS CÔMICOS 
Cena "Os Náufragos" no Festival de Sumaré
No final da oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" 2010, tivemos como proposta a criação de um espetáculo a partir dos exercícios realizados no segundo semestre de aulas. Dessa forma, surgiu "Eles são Seis Cômicos" (na verdade, eles seriam SETE no início, mas um dos atores simplesmente desapareceu sem dar notícias), um espetáculo que brinca com a interpretação circense de diversas formas, seja através das gagues, das duplas cômicas, das acrobacias ou dos disfarces e quiproquós.

Cena "Madame Sinistra" na Mostra de Quadra
Cena "Os Náufragos" no Festival de Cerquilho
A primeira versão do espetáculo, apresentada em Dezembro de 2010, trazia um conjunto de 12 cenas, cada uma com uma proposta cênica diferente. Como se tratava de uma peça de conclusão de oficina, tudo nela era meio "improvisado" (cenário, figurino...). Mas, a partir do momento em que decidimos inseri-la no repertório dos Peixes, pudemos trabalhar um pouco melhor esses aspectos.
Cena "O Assalto" na Mostra de Barueri

Cena "O Assalto" no Festival de Cerquilho
No início de 2011, o espetáculo foi aprovado no VIII Festival de Peças Curtas de Sumaré. Com isso, era necessário modificar algumas coisas. Em primeiro lugar, refizemos todos os figurinos e pensamos melhor as maquiagens. Também afinamos melhor algumas cenas (como "O Assalto") e começamos a dar nova cara ao espetáculo. O resultado foi deveras positivo: recebemos o prêmio de melhor sonoplastia e as indicações aos prêmios de melhor cenário, figurino, maquiagem e ator (duas indicações nessa última).
Recepcionando o público na Mostra de Barueri
Mas não foi só esse retorno extremamente positivo que tivemos em Sumaré. No último dia, após a premiação, uma dos jurados me chamou num canto e contou que nós teríamos recebido o prêmio de melhor espetáculo infantil. Só não ganhamos porque, na época, tínhamos inscrito o espetáculo como adulto. E com razão! Nós nunca tínhamos feito um infantil na vida. Nunca paramos pra estudar as linguagens infantis. Imagine qual não foi nossa surpresa ao descobrir que o que tínhamos em mãos era um legítimo espetáculo infantil. Mais: um espetáculo infantil digno de ganhar um prêmio de melhor espetáculo.

Cena "Madame Sinistra" na Mostra de Quadra
A partir daí, nossa vida mudou. Começamos a dedicar nosso tempo ao estudo de espetáculos infantis também. "Eles são Seis Cômicos" foi totalmente reformulado. Muitas cenas foram deixadas de lado e outras foram criadas. No final, tínhamos um espetáculo de 1:15h composto por seis cenas (uma para cada cômico). Refizemos cenário. Repensamos, mais uma vez, as maquiagens e a própria proposta de encenação sofreu grandes mudanças. Três meses depois, pudemos testar essa nova versão no Festival de Teatro de Cerquilho e no XI Festival de Cenas Curtas de Paranapiacaba (dois eventos não competitivos), recebendo uma resposta muito positiva do público. 

Músicos na Mostra de Barueri
O espetáculo estava amadurecendo quando recebemos o convite para apresentarmos no SESC Leopoldina. Mesmo com chuva e sem energia, conseguimos encher o lugar de crianças! Então, chegou o Festival de Teatro Cidade de São Paulo! Devidamente inscritos na categoria infantil, os Seis Cômicos botaram o Teatro União Cultural abaixo. A resposta do público superou todas as expectativas. O resultado: mais um prêmio (agora na categoria melhor produção) e as indicações aos prêmios de melhor cenário, figurino, ator, direção e espetáculo. Felicidade pura! 
Cena "A Cobra" na Mostra de Quadra
As últimas grandes apresentações de "Eles são Seis Cômicos" aconteceram no início de 2012, na Mostra de Teatro Estudantil de Quadra e na Mostra de Teatro Amador de Barueri. Além dessas, houve uma rápida intervenção dos Seis Cômicos na 3ª edição da PIRACEMA. Mas é um espetáculo que ainda pode dar muita coisa! Em breve, voltaremos com ele, com certeza!

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 5

PIRACEMA: Lugar de artistas responsáveis!

Espetáculo "O nome não importa" (Cia. Enchendo Laje e Soltando Pipa)
Com os Peixes aprovados no Programa VAI, pudemos realizar um de nossos projetos mais ambiciosos: a PIRACEMA - Encontro de Teatro Amador de São Paulo. A ideia surgiu em meados de 2009. Na época, estávamos indignados com a quantidade de eventos (festivais, mostras...) voltados ao dito "teatro profissional". Muitos festivais que, originalmente, eram voltados a grupos amadores, aos poucos, foram se modificando. A justificativa era sempre a mesma: "com o intuito de levar maior QUALIDADE à cidade tal, apenas grupos profissionais podem se inscrever blá, blá, blá...". Oras, é um pensamento um tanto quanto imbecil insinuar que apenas trabalhos profissionais possuem qualidade. Já assisti peça com famosos que me fez dormir e já vi espetáculos amadores de tirar o fôlego. 

Intervenção "Eles são Seis Cômicos" (Cia. Teatral Um Peixe)
Espetáculo "Mulher de Jagunço" (Cia. Yesso)
Foi pensando nessa diferenciação feita por muitos que idealizamos um grande evento para unir a "classe amadora". A princípio, cogitamos a hipótese de fazer um festival. Um "festival dos Peixes" (e daí que surgiu o nome "PIRACEMA"). Mas, com o tempo, começamos a ver que uma competição só iria piorar as coisas. Nosso objetivo era unir, não segregar mais ainda a classe. Com isso em mente, entendemos que fazer um encontro, um evento não-competitivo que estimulasse a troca de experiências, seria algo muito mais saudável para todos. E assim nasce a PIRACEMA!
Espetáculo "A Alma de Benjamin" (Grupo Kainotomia)
Intervenção "Eterna Clausura" (Cia. As Fúrias)
A primeira edição, em 2010, pretendia ser um evento bem intimista. Com a presença de apenas 4 grupos (Vital, Arte Jovem, Novos Fulanos e Peixes), tentamos, ao máximo, propiciar momentos em que os conhecimentos de cada um fossem trocados. O evento, então, possuía não só momentos de espetáculos, mas também mesas-redondas, oficinas e vivências (workshops organizados pelos grupos participantes). Apesar do número modesto de pessoas, o evento mostrou-se grandioso e todos os grupos saíram de lá com um gostinho de quero mais (alguns até pediram reuniões mensais que repetissem a experiência).
Intervenção "Renascer" (Grupo Arte Jovem)
Espetáculo "C.A.B.A.R.E.T.: Clarice Taylor" (Grupo Os Seres)
Em 2011, uma nova cara para a PIRACEMA. Mais grupos engrossaram o caldo (Kainotomia, Doutores do Riso Curativo, Seres, Máscara, Fúrias, Vidraça, Yesso - essas duas de Mogi Mirim - e os alunos da Oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro") e tornaram a experiência mais enriquecedora, lotando o Centro Cultural do Jabaquara nos quatro dias de evento. A novidade ficou com a extinção das vivências e o advento das intervenções teatrais.
Espetáculo "O Pacto" (Cia. Naturalis)
Mesa-redonda do Grupo Os Seres
Por fim, em 2012, a terceira edição da PIRACEMA tomou proporções tão elevadas que fomos obrigados a adicionar um dia à programação. Com a ausência apenas da Cia. Vidraça, os outros grupos receberam de braços abertos as Cias. Naturalis, 4 Cantos (da cidade de Quadra), Funil (do Rio de Janeiro) e, oficialmente, a CIT - Cia. Instantânea de Teatro, um grupo que surgiu na primeira PIRACEMA, juntando atores dos Peixes, Novos Fulanos e Arte Jovem. Também recebemos mais dois oficineiros, além do querido Rafael Rios, que já vinha nos ajudando desde a primeira edição.

Oficina de figurino (Rafael Rios)
Intervenção "A Pele do Lobo" (alunos da Oficina dos Peixes)
Agora, nos aproximamos da quarta edição. Será nos dias 4, 11, 18 e 25 de Agosto, e 1º de Setembro. A maior novidade fica por conta da mudança de espaço. Após três anos sendo feita no Centro Cultural do Jabaquara, em 2013 a PIRACEMA migrará para o Tendal da Lapa, pensando, principalmente, na questão de espaço físico. Além disso, complementando, os Peixes farão um projeto de revitalização do Tendal após a PIRACEMA. A ideia é deixar algo permanente lá, que tenha a cara dos grupos, como retribuição. Contamos com a ajuda de todos nessa empreitada! 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 4

AS LEIS DE INCENTIVO: REDESCOBRINDO O CIRCO-TEATRO

No início do ano de 2010, os Peixes recebem uma notícia que mudaria a vida do grupo: o Projeto "Redescobrindo o Circo-Teatro" tinha sido aprovado no Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Falando de forma resumida, o VAI é uma Lei de Incentivo que "patrocina" as ações culturais de jovens fazedores de arte. Essas ações devem ter um forte apelo social e devem, prioritariamente, ser realizadas em regiões desprovidas de equipamentos culturais ou em parceria com equipamentos públicos. Em suma, o projeto deve ser executável e possuir relevância sócio-cultural.

Peixes e alunos da oficina 2010
O projeto "Redescobrindo o Circo-Teatro" possui quatro frentes de trabalho: a pesquisa sobre teatralidade circense; a circulação de espetáculos em repertório; a realização de uma oficina sobre circo-teatro; e a organização de um encontro de teatro amador. Não sabemos exatamente o que chamou atenção em nosso projeto, mas o importante é que ele foi aprovado. Não uma, mas três vezes! Duas no VAI e uma no Prêmio "Ensaiando Um País Melhor". Vamos falar com calma dos melhores momentos desse projeto!


OFICINA REDESCOBRINDO O CIRCO-TEATRO

Desde o início, os Peixes tinham o desejo de abrir uma oficina só para falar de Circo-Teatro. E com razão! Primeiro, porque o grupo é fruto de uma série de oficinas teatrais que durou mais de 5 anos. Segundo, porque oficina de teatro é o que não falta no mundo. Tem uma em cada esquina, praticamente. Agora, quantas oficinas de circo-teatro existem por aí? Pergunta difícil de ser respondida. Em nossas pesquisas, encontramos, no máximo, alguns workshops e oficinas de curta duração (a maior que encontramos tinha apenas 3 meses de duração) que tratavam do assunto. Na maioria dos casos, notamos uma confusão na nomenclatura pois de "circo-teatro" via-se muito pouco. Encontramos oficinas de circo (acrobacias, malabares etc),  palhaço, clown, dentre outras. Todas traziam o nome "circo-teatro", mas nenhuma trabalhava realmente o assunto. Nada espantoso, já que estamos falando de um conjunto de saberes dominado por poucas pessoas e cuja transmissão ainda se dá de forma oral. Com isso, arriscamos dizer que a nossa é a única oficina de Circo-Teatro de longa duração (9 meses) do Brasil! Claro que podemos estar errados. Pode ser que exista alguma oficina parecida escondida em algum lugar por aí. Mas procuramos e não encontramos... 

Exercício de voz na oficina 2010
A primeira edição da oficina foi bem modesta. Sediada no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), da UNE, a oficina pretendia ser dividida em módulos e, portanto, não havia a necessidade de fazer uma turma fechada. A ideia, na verdade, é que as aulas tivessem começo, meio e fim. Ou seja, uma pessoa poderia entrar no meio do ano que não influenciaria em nada. Com isso, optamos por não estipular um número de vagas. Mesmo assim, a procura foi relativamente baixa: 25 inscritos, dos quais apenas 14 pessoas apareceram no primeiro dia de aula. Apesar da pouca procura, foi uma grande experiência. Percebemos que a oficina precisaria, sim, ser um trabalho contínuo, com uma aula sendo ligada à outra e, portanto, ter uma turma fechada. Como tivemos poucos alunos, pudemos nos dedicar exclusivamente a eles, trabalhando muito bem a técnica de interpretação circense. No final do ano, o grupo (agora reduzido a apenas 3 pessoas) montou o espetáculo "Eles são Seis Cômicos" (do qual falaremos mais detalhadamente no futuro), com a participação especial de três Peixes: Carmem Garcia, Plínio Garcia e Rafael Garcia.

Aula de história do Circo-Teatro na oficina 2011
Aula de interpretação circense na oficina 2011
No ano seguinte, a oficina recebeu muitas melhorias. Em primeiro lugar, mudamos para um espaço com mais infra-estrutura: o Centro Cultural do Jabaquara. Estabelecemos, também, um número limitado de vagas (40) e fizemos um plano de aula, no mínimo, inovador. A oficina de 2011, logo de cara, já prometia ser bem superior à experiência de 2010: foram 120 pessoas inscritas lutando por uma de nossas vagas. Para não favorecer ninguém, optamos por um sistema de sorteio (que consideramos justo, já que não favorece nem o mais rápido, nem o mais experiente, indo contra as correntes "ordem de chegada" ou "carta de intenção"). Sobre as aulas, o grande diferencial foi a divisão em "matérias": os artistas-aprendizes teriam, então, aulas de história do Circo-Teatro, interpretação circense, expressão corporal e técnicas de acrobacia, expressão vocal e música para teatro, maquiagem, figurino, cenografia e iluminação. Tudo de graça!

Aula de maquiagem na oficina 2011
Foi um grande avanço para os Peixes, que se viram forçados a pesquisar cada vez mais para poder comunicar as técnicas da teatralidade circense com exatidão. O tempo todo, prezamos por algo que, em outras oficinas, acaba sendo substituído pelos números: a qualidade! O resultado foi a montagem de dois grandes espetáculos de conclusão de curso: "Lá em Cima do Piano..." e "Se o Anacleto soubesse...".

Espetáculo "Que mãe eu arranjei" - Oficina 2012
Espetáculo "Copabacana" - Oficina 2012
A terceira edição veio como confirmação de uma experiência bem sucedida. Após o grande acerto de 2011, poucas foram as alterações feitas na última edição de nossa oficina. No geral, foi repetir os acertos e concertar os erros. Ao todo, foram 125 inscritos. No final do ano, foi preciso montar três espetáculos de conclusão de curso: "Copabacana", "Que mãe eu arranjei" e "A Almanjarra". Concluída essa etapa, a Cia. Teatral Um Peixe achou que seria o momento ideal para voltarmos à pesquisa de linguagem e, portanto, uma boa hora para encerrar as oficinas. Mas o projeto continua vivo e a oficina "Redescobrindo o Circo-Teatro" voltará no futuro. Por enquanto, estamos fazendo aquilo que os Peixes fazem de melhor: estudar, estudar e estudar! Tudo para que, dentro de alguns anos, possamos reabrir as oficinas com muito mais material, maior compreensão e, consequentemente, mais qualidade!

Espetáculo "A Almanjarra" - Oficina 2012

terça-feira, 23 de abril de 2013

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 3

REFINANDO A PESQUISA: VAMOS À GUERRA, FILHOS DA TERRA!

Logo após a estreia de "A Mansão Veit", os Peixes iniciaram um novo trabalho de pesquisa. Familiarizados com o básico da teatralidade circense, era o momento de aprofundar o estudo e refinar a técnica. Foi nesse momento que surgiu o projeto "Vamos à Guerra, Filhos da Terra!".
André Domicciano (Chan Ti Lee) e Luanda Mangeni (Miss)

O foco deste novo trabalho estava na pesquisa acerca da miscigenação cultural no Brasil. Com isso, os Peixes foram divididos em vários grupos e, após uma extensa pesquisa sobre o tema, foram realizados seminários para coleta de material que daria origem ao texto de "Vamos à Guerra". Ao mesmo tempo, iniciou-se um trabalho de pesquisa corporal muito intenso. O objetivo era desenvolver mais as questões plásticas do corpo circense e a comicidade física. Não é à toa que, até hoje, "Vamos à Guerra" é considerado um dos melhores - e mais engraçados - espetáculos da Cia. Teatral Um Peixe. Curiosamente, mesmo com toda a aprovação popular que o espetáculo possui, é a única peça dos Peixes a nunca ter participado de festivais. Quem sabe no futuro!?

Aura Maximiliano (Helga) e Gabriel Alex (Raimundo)
Thiago Marangoni (Homeru) e Gabrielly Negreti (Medeixa) 
Mesmo assim, foi um dos espetáculos que mais circulou. Ao todo, foram 14 apresentações, sendo que a estreia se deu no dia 6 de Junho de 2009, no Centro Cultural do Jabaquara. Em seguida, fomos ao Centro Cultural Arte em Construção (lar do Pombas Urbanas, na Cidade Tiradentes), Casa de Cultura do Butantã e CEU Caminho do Mar. Por ironia do destino, a última apresentação de "Vamos à Guerra" se deu no mesmo palco onde tudo começou: a sala Gil Vicente do Teatro Ruth Escobar, no dia 20 de Julho de 2011.

Gabrielly Negreti como Medeixa

INFORMAÇÕES 

No intuito de apoderar-se do Sagrado Peixe Âmbar, Mestre Ist Ling promete seu filho em casamento sem que este saiba. No entanto, Homeru – o filho prometido – se apaixona por Júlia, a nova empregada da casa e filha do cangaceiro Raimundo, o Destruidor de Mundos.

FICHA TÉCNICA
Texto e direção: André Domicciano
Produção e administração: Carmem Garcia
Direção Musical: Gabriel Alex
Preparação vocal: Gabriel Alex
Cenário: André Domicciano, Plínio Garcia e Ricardo Schünemann
Figurino: Luanda Mangeni e Débora de Souza
Maquiagem: Luanda Mangeni e Renata Belarmino
Iluminação: Renata Belarmino
Vídeo Produção e Fotografia: Cleciane Tomé

ELENCO
Aline Hernandes (Ameixa)
André Domicciano (Chan Ti Lee)
Aura Maximiliano (Helga)
Carmem Garcia (Júlia)
Gabriel Alex (Raimundo)
Grabrielly Negreti (Medeixa)
Luanda Mangeni (Miss Baigon)
Mariana Oliveira (Batian)
Matheus Alves (Mestre Ist Ling)
Plínio Garcia (Mama Dragão)
Rafael Garcia (Lamparina)
Renata Belarmino (Cafusa)
Thiago Marangoni (Homeru)

MÚSICOS
Alan Teruel (Violão)
Ricardo Schünemann (Percussão)
Thiago Presser (Violão)
Gabriel Alex (participação especial na flauta)

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 2

O PRIMEIRO DE TODOS: A MANSÃO VEIT


"A Mansão Veit" na 2ª edição do Festival de Teatro Cidade de São Paulo (Teatro Bibi Ferreira)

Escrita originalmente em 2003, "A Mansão Veit" contava a história do assassinato da milionária Olávia Veit. A peça - um sucesso inesperado na ETEC Guaracy Silveira - era uma comédia policial interativa, permitindo ao público subir ao palco para investigar a cena do crime, encontrar pistas e votar, ao final do espetáculo, em um dos suspeitos. 

Três anos depois, já na Cia. Teatral Um Peixe, a peça foi reescrita aos moldes circenses, com personagens arquetípicos, muitos disfarces e quiproquós. O enredo sofreu algumas modificações para se adequar à nova linguagem. Os nomes das personagens foram mantidos, mas suas funções mudaram (em 2003, Ivonete era uma repórter ativista; em 2006, passa a ser a ingênua filha de Olávia etc.). 
Pedro Rodrigues como Marisal
Thiago Marangoni (Marcos) e Gabrielly Negreti (Ivonete)
Ao todo, desde sua estreia no Teatro Ruth Escobar, foram realizadas 16 apresentações de "A Mansão Veit", passando por diversos espaços (Teatro Ruth Escobar, Centro Cultural do Jabaquara, Teatro Plínio Marcos, Teatro Bibi Ferreira, Teatro Municipal de Cerquilho e Parque Anhanguera). Até hoje, é o espetáculo mais premiado dos Peixes, tendo recebido os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Cenografia e Melhor Figurino, além de cinco indicações (ator coadjuvante, atriz coadjuvante, ator, atriz e texto original) e a menção honrosa de Proposta Destaque.
Plínio Garcia como Bartolomeu Veit
Carmem Garcia (Cassandra) e Rafael Garcia (Maurício)
Sua última apresentação foi realizada no dia 21 de Novembro de 2010, como parte integrante da V Mostra Cultural do Centro Cultural Jabaquara. Mas o espetáculo não morreu! Temos planos para ele num futuro próximo...



INFORMAÇÕES

Em sua festa de aniversário, Olávia Veit tem sua casa invadida por vigaristas, mas um dos malandros acaba se apaixonando pela filha da ricaça. Baseada nas comédias circenses, a Mansão Veit faz uma sátira da sociedade burguesa, colocando em cheque valores éticos e morais por meio de humor, confusões, enganos e muitas revelações, além de resgatar uma linguagem teatral praticamente esquecida.

FICHA TÉCNICA 
Texto e direção: André Domicciano
Produção e administração: Carmem Garcia
Direção Musical: Gabriel Alex
Preparação vocal: Gabriel Alex
Cenário: André Domicciano, Plínio Garcia e Ricardo Schünemann
Figurino: Luanda Mangeni e Débora de Souza
Maquiagem: Luanda Mangeni
Iluminação: Renata Belarmino

ELENCO
Aelson Lima (Dr. Nakata)
Dalila Alcântara (Ivonete)
Aline Hernandes (Elisa)
André Domicciano (Damião)
Carmem Garcia (Mde. Cassandra)
Luanda Mangeni (Olávia Veit)
Mateus Alves (Meneslau)
Gabriel Alex (Marisal)
Plínio Garcia (Bartolomeu Veit)
Rafael Garcia (Maurício)
Thiago Marangoni (Marcos)

MÚSICOS
Alan Teruel (Piano)
Ricardo Schünemann (Percussão)
Thiago Presser (Violão)
Gabriel Alex (participação especial na Flauta)

Peixes completam 7 anos de vida! - Parte 1

UMA REUNIÃO SEM PRETENSÃO 

Às 10h do dia 22 de Abril de 2006, no auditório da ETEC Guaracy Silveira, em São Paulo, nascia oficialmente a Cia. Teatral Um Peixe. "Oficialmente" porque o nome já era usado desde 2003 para definir o núcleo do Grupo Teatral Ed Wood dirigido por André Domicciano. Na época, o projeto que deu origem ao grupo tinha como objetivo mostrar, na prática, a realidade de uma cia. teatral aos alunos que, até então, tinham participado da oficina de teatro da ETEC Guaracy Silveira. Como norteador do trabalho, optou-se por estudar a interpretação circense e montar uma versão reescrita do espetáculo "A Mansão Veit". E só.

Projeto original apresentado à ETEC Guaracy Silveira

OS DEZ PEIXINHOS

Um bom grupo é aquele que possui entre sete e catorze pessoas. Essa era a mentalidade que eu possuía na época. Então, não foi ao acaso que chamei dez pessoas para compor o grupo. Inicialmente, essas pessoas seriam - exclusivamente - alunos e ex-alunos da oficina de teatro da ETEC Guaracy Silveira. No entanto, algumas das pessoas convidadas acabaram não aceitando a proposta e, com o passar do tempo, esse "pré-requisito" foi abandonado. No dia de sua fundação, a Cia. Teatral Um Peixe tinha como membros Aline Gomes, Camila Nuñes, Carmem Garcia, Danilo Sarvas, Marcelo Mitsunaga, Pedro Rodrigues, Ramon Alexandre, Ricardo Schunemann, Tales Albuquerque e André Domicciano. Com o passar do tempo, algumas pessoas foram deixando o grupo e outras foram chegando. Não importa. Aqui, temos como regra que, uma vez Peixe, sempre Peixe!

No total, foram cerca de 52 Peixes, sem contar os alunos das oficinas realizadas na ETEC Guaracy Silveira e no Projeto "Redescobrindo o Circo-Teatro" entre os anos de 2010 e 2012. E pensar que tudo isso começou com dez pessoas numa reunião sem grandes pretensões no auditório de uma escola...


POR ONDE COMEÇAR?

O mais lógico, na hora de se contar uma história, seria seguir uma ordem cronológica. No entanto, foram tantas as realizações do grupo que, em determinado momento, repetiríamos muita coisa se falássemos de cada ano. Então, acredito que o ideal seja falar um pouco de alguns momentos marcantes e as ações mais relevantes. Vamos a eles...


RUTH ESCOBAR - A ESTREIA!

Todo grupo de teatro, no início, esbarra na grande dificuldade chamada "espaço". Espaço pra ensaiar, espaço pra apresentar, pra guardar as coisas etc. Assim foi com os Peixes. Tínhamos em mãos uma peça em vias de estreia. Nos inscrevemos em um festival estudantil, não sendo aprovados. E agora? Onde estrear o espetáculo? Foi neste momento que caiu do céu a nossa salvação. Na época, o ator Aelson Lima estudava na FPA (Faculdade Paulista de Artes) - que possui uma parceria com o Teatro Ruth Escobar. Todo ano, é feita uma Mostra de Teatro no mês de Julho onde só participam grupos que tenham como membros alunos da faculdade. Perfeito! Foi a junção da fome com a vontade de comer! 

No dia 9 de Julho de 2007, na sala Gil Vicente do Teatro Ruth Escobar, a Cia. Teatral Um Peixe sobe aos palcos pela primeira vez com o espetáculo "A Mansão Veit". Com casa cheia nos três dias de apresentação, os Peixes viram que a coisa funcionava! A partir daí, muita coisa viria...

Da esquerda pra direita: Pedro Rodrigues, Thiago Marangoni, André Domicciano,
Gabriela Bastos, Mateus Alves, Aline Hernandes, Aline Gomes, Aelson Lima e Carmem Garcia



 CONTINUA...